A culpa e a dor alheios vão nos sendo atribuídos.
Aos poucos, internalizamos as dores alheias e assumimos culpas que não deveriam ser nossas.
Nossas próprias dores passam a ser a sombra do monstro internalizado.
Como o monstro vive no escuro interno, a sombra e ele se misturam. Nossos medos e dores tomam proporções terríveis ao se entranharem no escuro interno.
A sombra do monstro no escuro é infinita.
Assim como pode, simplesmente, não existir.
(originalmente escrito em 16/01/10, mas lembrado por situações vividas hoje, 30/06/10)